Perrengue Fashion
Existe uma questão muito séria com os filmes de comédia da Ingrid que me faz não ir ao cinema assistir aos filmes dela, pois sempre parece que ela está interpretando a mesma personagem; realmente, a comédia de Ingrid está sempre na mesma tecla. No entanto, eu ainda faço questão de assistir quando sai do cinema, pois, apesar de não ser inovadora, ela se garante no básico que entrega: o humor é garantido.
É a partir dessa premissa que a nossa história começa. Ao ir atrás de seu filho, Cadu, Paula (personagem de Ingrid Guimarães) é apresentada a um novo mundo que contrapõe o seu e, tentando entender e conhecer seu filho mais a fundo, ela aceita explorar esse novo universo.
Outro ponto alto do filme é o ator Rafa Chalub, que realmente entrega na sua atuação. Apesar de ele estar no clássico papel do “chaveirinho gay da hétera” que gosta de ser o centro das atenções — papel que funcionava bem para o Paulo Gustavo, que conseguia preencher a cena — Rafa peca um pouco nessa questão, ficando apagado em muitos momentos em que divide a cena com Ingrid. Mas eu poderia afirmar que ele se recupera bem em suas poucas cenas solo.
Outro aspecto que se tornou regra nos filmes de Ingrid é o debate sobre o envelhecimento. Não chega a ser um destaque, mas ela traz momentos de reflexão durante sua cena com a Blogueirinha, quando é questionada por ser uma influenciadora 50+. Durante o filme, essa questão aparece de forma simples e subentendida, o que é bacana; realmente é um debate muito interessante de se ter dentro dos filmes, ainda mais inserido em um humor descontraído. Temos também o debate aprofundado sobre a relação entre mãe e filho, em que vemos uma mãe que tinha vários sonhos e objetivos para seu filho, mas cujas expectativas são confrontadas pelos sonhos próprios dele. Temos aquele momento em que Paula (Ingrid) é forçada a entender que seu filho cresceu, tem suas próprias vontades e está lutando pelos seus objetivos.
Em conclusão, eu diria que Perrengue Fashion não tem nada demais. Ele é bom; é aquele filme que você assistiria em um almoço de domingo quando está sem ideia do que ver — um besterol para quem não quer ter o trabalho de prestar atenção. É uma narrativa simples e direta. Apesar de ter uma duração de 1h30, ele é aquele tipo de filme cuja história você entende até de olho fechado; claro, sem olhar para a tela você perderia alguns momentos de humor corporal que Rafa entrega, mas isso não impediria a compreensão da narrativa.
ATOR/ATRIZ |
NOTA |
Ingrid Guimarães |
9 |
Rafa Chalub |
7 (É apenas um papel pensado para o Paulo Gustavo que ele tenta atender) |
Felipe Bragança |
10 |
Késsia Estácio |
10 |
Deixando claro que isso é apenas a minha opinião sobre este filme em específico.


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